Surto

Caxumba atinge alto número de universitários da UFPel e UCPel

Na UFPel, de acordo com a Perícia do Programa de Assistência à Saúde do Servidor e Aluno, a caxumba é a causa de 40% das doenças registradas na instituição ultimamente

Surtos de caxumba nas universidades Católica e Federal de Pelotas são observados pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que tenta apurar o número de casos para oficializar a estatística local. Por enquanto foram informados seis casos na UCPel, mas a chefe do Departamento, Maria Regina Reis, diz saber que há mais do que isso. Na UFPel, de acordo com a Perícia do Programa de Assistência à Saúde do Servidor e Aluno, a caxumba é a causa de 40% das doenças registradas na instituição ultimamente.

O médico coordenador da UBS União dos Bairros, que pertence à UCPel, Caio Lopes, também professor na universidade, informa que dois alunos seus entraram com atestado por estarem com caxumba. No entanto, eles não consultaram na UBS. Diz ainda que teve conhecimento de outros casos com o mesmo diagnóstico, porém está difícil ter como notificar o total porque os estudantes não consultaram nos postos de saúde.

A Vigilância Epidemiológica não tem nenhum registro relacionado ao município como um todo. Em 2015 também não houve nenhum caso. Já em 2014 foram registrados dois entre moradores de Pelotas, destaca Maria Regina. A 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), conforme a titular do órgão, Kátia Hoffmann, tem informação de casos em Arroio Grande e Rio Grande. Em nível estadual, nos quatro primeiros meses do ano, foram notificados 14 surtos, com 81 casos. Porto Alegre lidera o ranking estadual, com oito surtos, sendo 58 casos. Canoas também figura entre as cidades que notificaram até agora.

No mesmo período do ano passado não houve notificações, mas a partir de julho foram notificados oito surtos no Rio Grande do Sul, envolvendo 267 casos, segundo informa a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Kátia salienta que a 3ª CRS tem disponível vacinas tríplice viral, indicada também para prevenir caxumba, no caso de os municípios de sua abrangência precisarem.

É importante esclarecer que surto é caracterizado quando acontecem dois ou mais casos relacionados, restritos a um espaço delimitado, como é o caso das universidades. Como a caxumba não é uma doença de notificação compulsória individualmente no Estado, a Vigilância em Saúde trabalha apenas com dados relacionados à ocorrência de surtos.

A SES recomenda alguns cuidados de prevenção à caxumba, doença causada por um vírus, que provoca aumento das glândulas salivares, geralmente as parótidas. E febre. A melhor forma de prevenção é a vacina tríplice viral, que deve ser aplicada em duas etapas: a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. A vacina também protege contra o sarampo e a rubéola. Considera-se imunizada a pessoa entre um e 19 anos de idade que comprovar ter recebido as duas doses. A partir dos 20 e até os 49 anos é recomendada uma única dose.

Esta terça tem vacinação na UCPel
Em decorrência das informações de surto de caxumba na UCPel, a Vigilância Epidemiológica do município disponibilizará vacinas tríplice viral nesta terça, aproveitando a data agendada para imunização contra a gripe A na instituição. Serão das 9h às 20h, no saguão do Campus I, a vacina contra a gripe - somente para grupos prioritários - e a triviral (contra sarampo, caxumba e rubéola) para toda a comunidade acadêmica. Para receber a vacina triviral é necessário apresentar a carteira de vacinação.

Saiba mais
- A transmissão da caxumba ocorre por via aérea, através da disseminação de gotículas ou por contato direto com secreções respiratórias ou saliva de pessoas infectadas.

- O período de incubação varia de 12 a 25 dias após a exposição e a transmissibilidade ocorre entre seis e sete dias antes das manifestações clínicas e até nove dias após o surgimento da parotidite.

- A caxumba é uma doença cosmopolita, endêmica nos grandes centros, com tendência a manifestar-se, na era pós-vacinal, sob forma epidêmica em instituições que agrupam adolescentes e adultos jovens (como quartéis, escolas e universidades).

- Não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgesia e observação cuidadosa quanto à possibilidade de aparecimento de complicações.

- A principal estratégia para controlar um surto de caxumba é definir a população em risco, o ambiente de transmissão e rapidamente imunizar pessoas sem a vacina em dia.

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